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  • lucascodecco

Análise: Harry Styles - Fine Line (2019)

Atualizado: 15 de mai. de 2022



Faixas:

  1. Golden

  2. Watermelon Sugar

  3. Adore you

  4. Lights up

  5. Cherry

  6. Falling

  7. To be so lonely

  8. She

  9. Sunflower Vol. 6

  10. Canyon moon

  11. Treat people with kindness

  12. Fine line


Contexto


Depois de seu autointitulado primeiro álbum de sucesso lançado em 2017, uma turnê longa, participação no longa “Dunkirk”, elogios de artistas renomados como Nick Mason (baterista do Pink Floyd) e Liam Gallagher (conhecido por ser rabugento com outros artistas); muitos se perguntaram se Harry Styles realmente seria um astro que traria novos trabalhos de qualidade em seu próximo disco, ou se entraria para o hall de artista esquecidos que tiveram apenas um álbum de sucesso.



Capa


A capa do álbum é uma foto tirada com uma lente “fisheye”, com Harry usando uma roupa alá anos 70, a mão do fotógrafo pode ser vista no canto inferior esquerdo com uma luva preta. O fato da capa trabalhar muito com o rosa e o azul e com um aspecto lisérgico no álbum não é por acaso, Styles flerta muito com psicodelia, solidão, tristeza, sensualidade, sexo, juventude, etc. O músico chegou a descrever o álbum como “é tudo sobre transar e se sentir triste”. Ele também assumiu ter usado alguns cogumelos enquanto trabalhava no álbum.



Análise


O disco abre com “Golden”, em que o artista fala de uma garota que é “muito dourada” e para que ela o deixe assim também; a música parece um cântico divino, por passar uma sensação de grandeza, além disso, o coro e as camadas vocais que o próprio astro faz, ditam o que vai sair todo o álbum. “Watermelon sugar” é um dos principais singles desse álbum, é uma balada pop rock e dançante muito gostosa, é sensual e com duplo sentido, falando sobre o açúcar de melancia e relacionando-o a uma garota.

“Adore you” é outro singles, e aqui Harry mostra todo seu potencial vocal, a letra fala sobre um homem que adora tanto uma pessoa que é capaz de andar pelo fogo por ela - outra balada maravilhosa e de muita qualidade. “Lights up”, o último single do álbum e uma das melhores músicas; a frase “do you know who you are?”, retirada da música, foi usada para promover o lançamento do álbum. A letra provavelmente descreve o uso de drogas alucinógenas do músico; o jeito que ela é cantada, como um R&B pop, com a bateria e um violão muito presentes, a tornam única dentro do disco. “Cherry”, é outra balada, porém, diferente da anterior, ela soa como uma música acústica, e mais pessoal para Styles, ele descreve a falta que sente de sua ex-namorada, Camille Rowe, colocando até um áudio dela falando em francês e icônico “cucu” presente no início da música.

“Falling”, é acompanhada apenas por um piano, onde o músico coloca toda sua dor na letra e na forma que a canta, a letra é sobre toda sua dor por conta do término de um relacionamento (provavelmente com Camille). “To be so lonely” é uma música doce e tranquila tocada por um guitalele (ukulele de seis cordas); a letra fala também sobre término e se sentir sozinho. “She” é um poderoso R&B em que o astro fala sobre o amor platônico que um homem têm por uma mulher; a canção toda é uma obra prima do disco, porém o maior destaque para mim é o solo arrepiante de guitarra no fim.

“Sunflower vol. 6” é uma obra um pouco experimental, com sintetizadores, que relaciona uma mulher a um girassol. “Canyon moon” é blues country excelente tocada com um instrumento chamado dulcimer (instrumento medieval), a letra é sobre sobre memórias com uma garota sob a “lua do cânion”. “Treat people with kindness” fala sobre um lugar em que um dia todas as pessoas serão tratadas com gentileza; me lembrou muito “all together now” dos Beatles, com o mesmo estilo psicodélico. A última canção e que também dá nome a obra, “Fine line”, com 6 minutos de duração (a faixa mais longa), é épica, com tons de música indiana, e que começa como um folk que vai crescendo ao longo da faixa. A letra fala sobre solidão e a falta que o eu lírico sente de uma garota.


Conclusão


Com influências de David Bowie e The Beatles, Harry Styles se mostra um artista versátil e que tem muito a dizer. A obra tão boa quanto a anterior, não causa a sensação de alguma sobra, pelo contrário, reflete Styles como um dos melhores artistas da indústria musical atual e me deixa extremamente ansioso para seus próximos trabalhos.


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